Eis que ele
chegou. O ano da copa. E o ano da minha formatura (eu juro! ahaha).
E eu que gosto
bem de umas memórias, me lembro de ter escrito – citando – no final de 2012 que
de 2013 eu não esperava nada, porque as coisas acontecem mesmo é quando a gente
pega e faz. Lembro também de escrever que 2011 foi o pior ano da minha vida e
que eu me recusava a ter um ano igual àquele. Pois bem, promessa é dívida e aqui
estou eu em 2014, e minha vida vai só melhorando. Obrigada, de nada.
Infelizmente,
eu e alguns amigos perdemos uma certa “pessoinha” esse ano. Uma menina de alma
boa, pura e que foi embora muito mais cedo do que deveria, na minha opinião.
Vai ser sempre uma saudade imensa nos nossos corações, mas tenho certeza que
ela não gostaria que sofrêssemos demais por isso. Ela nos deixou boas
lembranças e um exemplo de garra e coragem que é para poucos. Ela se foi, mas
vamos nos lembrar dela só enquanto a gente respirar.
E, bem. . . se
as coisas acontecem é quando a gente pega e faz, 2013 foi o ano de pegar o boi
pelo chifre com todas as forças. E, ó: foi tanta coisa boa que me apareceu esse
ano que fica difícil achar o que foi ruim no meio disso tudo, viu? Eu aproveitei
cada segundo, do dia primeiro de janeiro até as 23h59 de 31 de dezembro.
Parando pra pensar agora, parece que foi tudo se encaixando, simplesmente. Tudo
bem que tive aula e janeiro e minhas férias foram curtas, mas foi o tempo que
eu precisava pra que tudo o que aconteceu acontecesse. O carnaval foi uma
delícia, passei esses dias ao lado de pessoas que eu quero levar pra vida
inteira.
Poucos dias
depois, eu achei um lar nessa roça grande que é Beagá. O cantinho que eu posso
chamar de meu, e que tem carinho, amor e cuidado todo dia e o tempo todo. Um
lugar que me dói pensar que vou ter que deixar um dia, porque é tão bom que eu
queria morar aqui pra sempre. Foi difícil desapegar, ter coragem de sair da
zona de conforto (literalmente) e ir morar com duas pessoas que eu nunca tinha
visto na vida, pagar tão mais caro do que eu pagava antes, e ficar longe de
outras duas meninas que são parte de mim, ainda. Mas a vida não dá trégua, e
quando eu decidi me mudar, foi de peito aberto, e acho que não teria dado tão
certo se fosse de qualquer outro jeito.
Uns meses
depois, eu achei um projeto guiado por pessoas que acreditam nas mesmas coisas
que eu, e fui correndo (mesmo) pra lá, sem pensar demais, e nunca estive tão
realizada profissionalmente quanto estou hoje. Também não foi simples tomar a
decisão de deixar um emprego por outro em tão pouco tempo. Foi, e ainda é, um
risco que eu decidi correr, e mais uma vez deu certo.
Outras coisas
também fizeram com que o meu ano tenha sido muito proveitoso. A experiência de
um estágio supervisionado, as manifestações (sabe aquelas?) que rolaram em
junho, as discussões que tive, e até o fato de eu ter mudado pra essa casinha
onde moro hoje me ajudaram a crescer muito de várias maneiras, em especial
politicamente.
Para além de
tudo isso, afetivamente, 2013 saiu melhor que a encomenda. Eu ganhei mais uma
sobrinha e uma afilhada, uma criança que me alegra e ilumina a cada dia. Um bebezinho
que dá vontade de morder, que sorri pra mim como se não houvesse nada mais
importante no mundo, e não existe mesmo. Ganhei também, bem no finalzinho do
ano, agora oficialmente, mais um cunhado, que a gente insiste em dizer que se
fosse bom, não começava com “cu”, mas eu gosto bem dos meus, viu? O casamento
deles foi lindo. Eu não sei falar mais nada além disso. Foi tudo o que a gente
podia esperar, e deu bem menos coisa errada do que no da Gabi (haha), acho que
porque a produção foi muito menor. Mas mesmo assim, foi lindo. Alegre, plenamente
realizado, e com a presença e a bênção de todos que fazem questão da felicidade
dos dois. Parabéns, e vida longa aos noivos.
Por último,
mas definitivamente não menos importante, e que não faltaria aqui: em 2013 eu
descobri a alegria de amar profunda, paciente, recíproca e incondicionalmente.
Em 2013 eu entrei em sintonia, finalmente, com o meu Mr. Right (sim, eu
acredito que seja ele). Desde março de 2013 eu acredito piamente ser a pessoa que
tem o melhor parceiro do mundo, exatamente porque ele é isso: o meu parceiro.
Meu companheiro. O meu amor. Esse ano eu aprendi, e vou continuar aprendendo,
que se relacionar é bem parecido com aquela música “Still Into You” mesmo. Não
é fácil amar alguém. Não é fácil conviver, discordar, conversar e finalmente
concordar. Gasta tempo, paciência, carinho, e principalmente: muita vontade de
estar junto. E quando eu digo “gasta” é porque gasta mesmo, vai indo embora. E
se a gente não cuida, é perigoso acabar. Mas quando nossas mãos se entrelaçam,
eu simplesmente sei que vale a pena. Quando nos abraçamos, eu recolho mais carinho.
Quando nos beijamos, eu ganho mais paciência e amor. E vamos indo assim, de
mãos dadas.
Por isso tudo,
eu me arrisco a dizer que se 2011 foi o pior ano da minha vida, 2013 foi, de
longe, o melhor. E pra 2014 eu só quero que continue assim desse jeitinho. Tá
bom. Se der pra ficar melhor, que venha, porque pior eu não vou deixar ficar. E como diria o meu queridíssimo Nando Reis: feliz dois mil e CATARSE!